segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ENPE2011 se consolida como o maior evento sobre empreendedorismo da região Nordeste



Nos dias 9 e 10 de setembro, a cidade de João Pessoa recebe o maior evento sobre empreendedorismo da região Nordeste, o IV Encontro Paraibano de Empreendedorismo (Enpe 2011). O evento acontece na Estação Cabo Branco de Ciência, Cultura e Arte, com a participação de empreendedores de expressão nacional.

Em sua 4ª edição, o Enpe se consolida na região Nordeste como uma referência para estudantes, empresários e profissionais afins, como um espaço de troca de experiências e interação entre palestrantes e participantes, sobre o tema “empreendedorismo”.

Vários profissionais de expressão nacional, como o empreendedor do Grupo Quack, Pedro Mello, e o diretor de expansão da Chilli Beans, Mário Ponci, já confirmaram presença no evento.

A participação no IV Enpe é facilitada pelo baixo custo de inscrição no evento: R$ 70,00 para estudantes e R$ 100,00 para profissionais. Para obter mais informações e fazer sua inscrição basta acessar o site oficial do evento, no endereço: http://www.enpe2011.com.br

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Geração Y: desafio para o RH e pequenos empresários

Jeferson Melo 
Administrador e sócio-diretor da Arquiteta Soluções, empresa especializada em soluções de gestão de RH.

Entender e compreender em que tempos estamos posicionados faz com que reativemos os pensamentos de grandes filósofos que sempre questionaram: o que é preciso para criar?  Saber? Conhecer? Compreender o que realmente é problema? Ou simplesmente deixar a mente vagar?


Sem dúvida há algo além do trabalho no espírito criativo, principalmente na geração Y, que pode, e deve, inclusive, se dar ao luxo de praticar aquilo que hoje se chama “ócio criativo”, para que as idéias venham. O autor do termo, Domenico De Masi, o definiu assim: “Quando trabalho, estudo e jogo coincidem, estamos diante daquela síntese exaltante que eu chamo de ócio criativo”. Em outras palavras e com seu estilo inconfundível, Plínio Marcos traduziu: “Coçar o saco é parte fundamental do trabalho do artista.” E o filósofo Alexander Koyré, com um argumento definitivo: “Não é do trabalho que nasce a civilização: ela nasce do tempo livre e do jogo”.



Com esta visão, temos, o exemplo da Microsoft, que faz com que seus funcionários de criação tenham todo o tempo livre e assim possam criar. Outras experiências em empresas de sucesso, como Google, Facebook e Linkedin fazem parte deste ideário de tempo livre versus criação.



As áreas de RH de empresas com essa visão têm a missão de alicerçar e entrecruzar trabalho e tempo livre para criação, gerando resultados. Parece simples, mas não é.



Uma inovação não tem preço:  as empresas que já se posicionaram tendo esta visão como base  já colheram grandes frutos e lucros. A geração Y é também responsável por esses resultados. São famosas as frases “ação e reação”, “dar para receber”, que movem a geração Y.



Lidar com este público é em certos momentos, trabalhar com quebras de paradigmas e sair da zona de conforto. São profissionais que não trabalham diretamente ligados aos recursos financeiros que podem ser obtidos com o trabalho, mas, sim, vinculados ao desafio do “eu posso”. Com isso, reafirmamos, a geração Y é a geração da inovação. Crie os desafios e terá grandes profissionais Y ao seu lado.


Contudo, nem sempre há flores. Os pequenos empresários muitas vezes não tem tempo, nem dinheiro, para apostar em inovação. Assim, acabam encontrando e optando por profissionais da geração anterior, os profissionais da geração X. Estes se diferem da geração y, por serem um pouco mais conservadores e terem o “pé no chão” quando o assunto é estabilidade pessoal e familiar.

O ponto crucial nesta história é saber qual o limite entre criatividade e lazer e como o tempo e ócio criativos podem ser aliados ou não desta nova geração.

Para as empresas, essa pseudoindependência deve ser administrada de forma que gere resultados concisos, ou seja, apesar de serem livres no seu dia a dia, os profissionais Y devem cumprir prazos e metas da Companhia, trazendo resultados que possam ser avaliados.

É de conhecimento do mercado que um profissional da geração Y não  hesita em mudar de empregador. O executivo Y  vive o momento e não se comporta como os profissionais da geração anterior que ficavam anos e anos na mesma empresa, preocupados com o futuro.
Por conta desse modo de conduzir a carreira muitas Companhias confundem o que realmente estes profissionais querem e criam regras de bônus e incentivos mirabolantes.

Contar com profissionais da geração Y e administrá-los é um desafio para o gestor de RH. Na maioria das vezes, prescinde um desapego de métodos conservadores de motivação da equipe. Faz-se necessário métodos criativos e, muitas vezes, inéditos, para criar um senso de pertencimento aliado à resultados perenes.

A geração Y solicita dos gestores novos olhares e novas perspectivas do como, quando, onde e por que se desenvolve determinada função dentro de uma organização.  Lidar com este “diferente” dentro de uma instituição faz com que novas abordagens frente a este novo se estabeleçam e, nesse horizonte, uma nova cultura organizacional se concretize na empresa.

domingo, 3 de julho de 2011

Pesquisa inédita revela perfil de 32 milhões de usuários de LAN Houses

Levantamento realizado pela Plano CDE em parceria com a CDI Lan também mostra que 40% dos usuários investiriam em educação se tivessem um incremento de R$ 500,00 na renda 

Dados de uma pesquisa inédita desenvolvida pela consultoria Plano CDE, especializada no universo das classes C, D e E, em parceria com a CDI Lan (empresa social ligada à ONG Comitê para Democratização da Informática) revelam tendências de consumo e o perfil de 32 milhões de brasileiros que acessam a internet de lan houses. O número representa 45% dos usuários que, hoje, acessam a rede de uma das 107 mil lan houses espalhadas pelo Brasil, e que, segundo o estudo, priorizam o investimento em serviços com foco em cursos, trabalho e busca de empregos, seguido de itens para consumo pessoal.

“Esse cenário é uma característica da mobilidade social vivida pelas classes populares, que têm entre seus jovens um público cada vez mais escolarizado do que os pais e, por isso mesmo, busca mais informação e tecnologia fora de casa, já que não tem computador ou acesso à internet”, observa Luciana Aguiar, antropóloga e sócia diretora da Plano CDE, que para desenvolver o levantamento ouviu 891 usuários de todo o país.

O estudo aponta que os usuários de lan houses são, na maioria, jovens entre 14 a 24 anos, sendo que 59% possuem renda pessoal mensal, com 80% respondendo por uma renda pessoal de até R$ 1,2 mil por mês e 14% possuindo renda entre R$ 1.201,00 a R$ 2 mil. Dentro desse universo, 77% contribuem no orçamento familiar, parcialmente (56%) ou com toda renda pessoal (21%).

A pesquisa mostra que, mesmo com a pouca idade, e até pela tendência a outras atividades de lazer comuns entre usuários dessa faixa etária, 40% investiriam em educação se tivessem um acréscimo de R$ 500,00 na renda. Em seguida, aparecem meio de transporte (20%), tecnologia (13%) e consumo com vestuário, calçados e higiene pessoal (7%).

“Tratam-se de usuários conscientes, que utilizam os recursos do acesso à rede principalmente para ascender intelectualmente e profissionalmente”, avalia Bernardo Faria, diretor da CDI Lan, ao destacar o potencial das lan houses para serviços como cursos à distância, assim como produtos de inclusão financeira.

De acordo com o levantamento, o nível de educação dos entrevistados é relativamente alto, considerando sua concentração nas classes C, D e E, - 43% têm ensino médio completo ou superior incompleto; 35% possuem ensino médio incompleto; 6% com superior completo. Em relação à ocupação, 46% dos usuários possuem um vínculo mais estável de trabalho (carteira assinada, funcionário público ou militar) e 30% são autônomos ou empresários.

O mapeamento também revela que 43% dos clientes de lan houses estão concentrados na região Nordeste e 38% na Sudeste; o Centro-Oeste responde por 7% e as regiões Norte e Sul por 6%, cada uma.

A pesquisa ainda mostra que o acesso à internet por esse público está bem inserido ao networking: 67% dos usuários utilizam a rede para a leitura de e-mails (67%) e 57% fazem uso da internet para a comunicação com amigos e parentes (65%).

No quesito entretenimento, o acesso a vídeos, fotos ou ouvir músicas é apontado como preferência por 55% dos internautas, seguido de acompanhar notícias esportivas (51%), pesquisa (46%), jogar (45%) e ler notícias, novidades, fofocas e piadas (29%). Dicas sobre saúde/alimentação e beleza/moda respondem, respectivamente, por 13% e 11% do interesse dos usuários.

Portais de notícias e redes sociais

“Considerados canais que atuam como uma janela para o mundo para o público da base da pirâmide, os portais de notícias e as redes sociais contribuem tanto para a atualização sobre o mercado de trabalho como para o desenvolvimento do capital social”, analisa Luciana Aguiar.

A pesquisa aponta que as atividades mais relevantes para os usuários de lan houses nos portais são acessar e-mail (29%); ler notícias do mundo (23); ler notícias de entretenimento (18%) e ler notícias de esportes (14). Nas redes sociais, o acesso prioriza o contato com amigos e parentes (64%); a postagem de fotos (13%); e os jogos sociais (8%).

Sobre a Plano CDE (www.planocde.com.br)
Especializada no universo das classes C, D e E, a Plano CDE é uma consultoria que auxilia empresas de quaisquer segmentos para o desenvolvimento de novas atividades e negócios inclusivos envolvendo os públicos da base da pirâmide. Suas atribuições contemplam ainda a idealização de pesquisas qualitativas e quantitativas para melhor responder as questões das empresas e treinamentos de executivos para atuar junto às classes C, D e E e mercados emergentes

Sobre a CDI Lan (www.cdilan.com.br)
É uma empresa social que oferece às lan houses produtos e serviços que atendam às necessidades da base da pirâmide, contribuindo assim para a transformação social. Os estabelecimentos filiados recebem apoio para melhorar a capacitação e investir na inovação e empreendedorismo, além de seguir um rigoroso código de conduta.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Dados do LinkedIn revelam que homens brasileiros são mais estratégicos do que mulheres no networking online


LinkedIn, a maior rede profissional do mundo, com mais de 100 milhões de membros mundialmente e mais de 3 milhões no Brasil, divulgou, no último dia 22/06, dados sobre as diferenças entre homens e mulheres quando o assunto é networking profissional online.

Para declarar um vencedor nesta batalha dos sexos, o LinkedIn desenvolveu um ranking de “estratégia” para o networking profissional. Globalmente e no Brasil, homens são mais estratégicos no networking online do que as mulheres. O LinkedIn define esta diferença no networking profissional como uma relação entre duas variáveis: a quantidade de conexões que homens e mulheres possuem e a proporção de homens e mulheres que possuem um perfil no LinkedIn.

“É bastante comum ouvir mulheres dizendo que fazer networking é simples, mas, frequentemente, elas perdem seus contatos por falta de interação”, disse Ana Maria Coelho, especialista em carreiras e Gerente Regional no SEBRAE-SP. “Empresárias e executivas devem utilizar o LinkedIn para manter contato com suas redes, com o intuito de identificar oportunidades e obter sucesso em suas carreiras”.

“Eu ensinei a minha esposa a utilizar o LinkedIn e como a rede pode ser útil,” disse Ricardo Lima, Gerente de Produto que mora em São Paulo e é membro do LinkedIn. “Quando ela buscava por um novo desafio, expliquei como o LinkedIn poderia auxiliá-la a encontrar novas oportunidades e ter contato com outros profissionais em sua área de atuação.”

Os dados do LinkedIn ficam ainda mais interessantes quando os analisamos por área de atuação. O que você acha que seria uma indústria predominantemente feminina (como recrutamento e seleção, por exemplo) é, na verdade, uma indústria de predominância de networking masculino. Nas indústrias de entregas de mercadorias e hardware de computadores, são as mulheres que possuem melhor networking do que os homens.

Top Brasileiro de indústrias em que mulheres possuem melhor networking profissional do que homens
1.   Angariação de Fundos
2.   Entrega de Mercadorias e Fretamento
3.   Serviços Familiares ou Individuais
4.   Construção Naval
5.   Hardwares e Computadores
  
Top Brasileiro de indústrias em que homens possuem melhor networking profissional do que mulheres
1.   Animação
2.   Capitais de Risco e Capital Privado
3.   Utilitários
4.   Semicondutores 
5.   Recrutamento e Seleção

No Brasil, homens e mulheres são igualmente estratégicos em suas conexões nas seguintes indústrias: “Organizações sociais e cívicas”, “Entretenimento”, “Internet”, “Maquinaria” e “Transporte Rodoviário e Ferroviário”.

Faça o download de nosso infográfico e obtenha mais detalhes sobre a Batalha dos sexos do LinkedIn no nosso bloghttp://lnkd.in/men-vs-women.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

VEJA comemora chegada do iPad 2 com edição gratuita

Leitores do tablet poderão baixar gratuitamente a edição deste fim de semana

 
No próximo sábado, dia 28 de maio, a edição 2.219 de VEJA, a terceira maior revista de informação semanal do mundo, será gratuita para os usuários do iPad. A ação promocional comemora o lançamento do iPad 2 no Brasil, confirmado pela Apple para o dia 27.

         Para ter acesso a esta edição, basta que o usuário tenha em seu iPad o aplicativo gratuito de VEJA, disponível na App Store (http://itunes.apple.com/br/app/revista-veja/id385529352?mt=8)

         A ação reforça o compromisso de VEJA em levar a seus leitores conteúdo indispensável de maneira ágil e abrangente e com o máximo de praticidade, bem como a sintonia da revista com os principais avanços em matéria de tecnologia da informação.

Mais da metade da população brasileira discorda com publicidade dentro de escolas

Pesquisa do Datafolha realizada em todo o Brasil identifica que 56% da população maior de 16 anos são contra esse tipo de ação comercial em espaços educacionais


O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, contratou uma pesquisa ao Datafolha para identificar a opinião da população brasileira sobre a realização de publicidade de empresas dentro de escolas. A maioria, 56%, se mostrou contrária a esse tipo de ação comercial.

2.061 pessoas maiores de 16 anos, pais ou não, responderam à questão "É correto as empresas fazerem propaganda dentro das escolas?" e 56% se posicionaram contra. Aqueles que têm filhos compartilham um pouco mais dessa opinião: 59% são contrários à propaganda nas escolas, em comparação com 49% entre os que não têm filhos.

Outro dado relevante da pesquisa mostra que as classes C, D e E são as que mais discordam de haver publicidade em escolas (60%).

Os motivos mais comuns para não concordar com a divulgação de publicidade em escolas são:
•Escola não é lugar de vender produtos (33%)
•Não tem nada a ver com educação (23%)
•As crianças, alunos podem ser levados a consumir produtos que não são bons para elas (22%)
•As crianças não estão preparadas para tomar uma decisão sobre os produtos que vão consumir (20%)

"Esses dados são muito importantes porque mostram que a população de forma geral está preocupada com o bombardeio comercial que hoje vem acontecendo até mesmo no espaço educacional. A iniciativa de fazer essa pesquisa partiu de uma crescente percepção do Projeto Criança e Consumo de que tem havido cada vez mais denúncias de pais revoltados com ações de empresas em escolas", diz Isabella Henriques, advogada e coordenadora geral do Criança e Consumo.

Não há no Brasil uma legislação que proíba publicidade dentro de escolas de forma ampla, mas já existem diversas propostas de regulação nesse sentido. Na esfera federal, há o Projeto de Lei nº 87/2011, que acrescenta a seguinte frase no artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor: "È proibida toda forma de publicidade de produtos e serviços dentro das escolas de educação básica".

O PL nº 5.921/2011, em tramitação na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informação da Câmara dos Deputados, é ainda mais abrangente, e propõe a regulação de qualquer tipo de publicidade dirigida a crianças, abarcando também as estratégias publicitárias que acontecem no ambiente escolar.


Sobre o Projeto Criança e Consumo
O Projeto Criança e Consumo, do Instituto Alana, desenvolve atividades que despertam a consciência crítica da sociedade brasileira a respeito das práticas de consumo de produtos e serviços por crianças e adolescentes. Debater e apontar meios que minimizam os impactos negativos causados pelos investimentos maciços na mercantilização da infância e da juventude faz parte do conjunto de ações pioneiras do Projeto que busca, como uma de suas metas, a proibição legal e expressa de toda e qualquer comunicação mercadológica dirigida à criança no Brasil. Mais informações no site: www.criancaeconsumo.org.br.

terça-feira, 29 de março de 2011

Marketing Industrial

*Por José Carlos Teixeira Moreira
              

O nome não ajuda muito mas a área é responsável por quase 8 vezes o PIB do Brasil.

Os negócios entre empresas representam a base da riqueza de um país e dão vida a tudo o que acontece no consumo lá na frente.

No início dos anos 70, o que se ouvia de marketing tinha a ver apenas com bens de consumo. Acadêmicos e especialistas alertavam executivos das multinacionais para a não existência do marketing industrial, e diziam: se existir é o patinho feio do marketing.

Nos dias de hoje os novos conceitos e saberes práticos oriundos das relações entre empresas são considerados, nos meios empresariais mais atentos, como o que há de mais provocador e inspirador no continente do marketing moderno.

Graças ao elenco de profissionais de mercado do Instituto de Marketing Industrial, uma instituição sem fins lucrativos com mais de 30 anos de contribuição, através das suas Usinas de Conhecimento voltadas para a construção e desenvolvimento de novas ideias e abordagens,  o Brasil tem sido a grande fonte de descobertas no assunto.

O marketing aplicado aos negócios entre empresas cuida do que chamamos da geração e produção de riquezas - aliás o que sugere a etmologia da palavra indústria - enquanto o marketing aplicado ao consumo é voltado para o usufruir da riqueza.

Ambas dimensões são indissociáveis. Uma não existe sem a outra, até porque o que interessa realmente é que as pessoas, como autoras da Sociedade, possam se sentir melhores e mais capacitadas para a realização de seus desejos e sonhos.

Essas duas buscas - sentir-se melhor e mais realizado - está no íntimo de todo ser humano em qualquer cultura.
Empresas, sejam do porte que forem, produzindo o que acharem que deve, só fazem sentido se estiverem compromissadas com aquelas duas aspirações humanas.

O mundo do marketing entre empresas cuida de toda a cadeia de produção de modo a torná-la  uma cadeia de valor no foco dos três principais stakeholders, pilares de um empreendimento que pretende crescer, ser admirado e prosperar: clientes, colaboradores (funcionários, fornecedores, distribuidores, revendedores e provedores) e acionistas.

As empresas quando buscam quem os atenda, identifica projetos nos quais o bem ou serviço a ser comprado se transforme em um ingrediente fundamental para o produto que será fornecido para os seus clientes. Por conta disso, o mundo do marketing industrial reúne e orquestra todas as funções da Administração: Finanças, Produção, Sistemas, Logística, Recursos Humanos e o próprio Marketing/Vendas do cliente.

Isto requer do profissional de Marketing Industrial alguém muito bem formado e sagaz para antever e propor estratégias empresariais que façam o cliente mais equipado para o seu mercado e blindado contra a concorrência predadora.

Observando com muito interesse os mais emblemáticos profissionais da área saltam aos olhos alguns atributos pessoais realmente primorosos:

são impecáveis no cuidar de sua credibilidade e da empresa que representam;     

são extremamente disponíveis para o cliente, mantendo uma distância amorosa no lidar com a intimidade nos negócios;

mostram uma forma genuína de estar junto com as pessoas, em todos os níveis da sua organização e daquela do seu cliente;

movidos pelo prazer de vender, fazem o que fazem cuidando de todos os detalhes, equilibrando o que deve ser gratuito e o que deve ser remunerado;

todos são, nas suas empresas, muito considerados e candidatos preferenciais para a alta administração.

Os brasileiros têm se destacado como figuras ideais para esse papel.

Uma das razões é o trânsito cultural, isto é, a facilidade de se sentirem em casa nas diferentes culturas, respeitando suas singularidades.

Esse predicado, emoldurado pela hospitalidade, reconhecida por todos os estrangeiros que por aqui passam, dão o molho essencial quando se trata de conjugar interesses de pessoas de múltiplas origens e motivações.

É por isso, por esse diapasão que dá tom entre pessoas, que o marketing industrial não separa gente da técnica comercial. Tudo se dá entre pessoas, até porque empresa não existe.

Por isso, uma maneira muito adequada de nomearmos o Marketing Industrial é escrevermos assim: maRHketing.

Nos últimos anos muitas empresas brasileiras e outras estrangeiras atuando aqui, vem apresentando um desempenho exemplar no ambiente CNPJ to CNPJ.

Um punhado delas, movidas pelos conceitos que foram por essas bandas desenhados, vão mostrando resultados tão expressivos que seus modelos correm o mundo e são tomados como referência.

Um dos aspectos que merecem ser pontuados é o fato de que, para elas, o marketing que professam tem como pressuposto que o ser humano é analógico e não digital. Gente é processo e não um On-Off.

Cliente é sempre um co-autor, nunca um usuário. Usuário é para droga.

Sendo um co-autor, uma vez que qualquer coisa só dá certo se alguém souber corretamente “pilotá-la” como o esperado, o contexto de cooperação se sobrepõe ao de competição.

Só isso já bastaria para nocautear o disseminado e superado conceito de competividade.

Quando o contexto induz à cooperação a competição é superada. Resgata-se o que é básico para a Economia funcionar: a Confiança. Confiança é o mesmo que riqueza.

Esse é o mantra do Marketing Industrial: se eu deixo esgarçar a confiança tudo o mais vira apenas conveniência, e conveniência quer dizer preço.

Preço é apenas uma informação psicológica entre fornecedor e comprador. Quando o  preço se torna o grande quesito é porque o valor percebido não existe mais.

Marketing Industrial é sinônimo de Valor Percebido; aliás foi o Instituto de Marketing Industrial que no início dos anos 90, nos seus elogiados Fóruns de Setembro em SP, levantou essa bandeira que hoje flamula por aí.

Marketing Industrial é um sistema que parte de ideias, de propostas, de processos, de ações, de desempenhos notáveis que levam clientes a preferir, escolher, promover e remunerar de maneira justa uma empresa diante das demais.

O profissional de marketing industrial é acima de tudo, um admirável gestor; alguém que cria, desenvolve e mantém empreendimentos de sucesso.
               
*José Carlos Teixeira Moreira, presidente da JCTM Marketing Industrial e da Escola de Marketing Industrial  -jctm@marketingindustrial.com.br

terça-feira, 15 de março de 2011

Marketing de serviços avança como grande aliado das empresas

*Gauthama Nassif

O setor de serviços é, sem dúvidas, o que mais cresce nas cidades brasileiras. Hoje, é inquestionável o domínio que a prestação de serviços exerce no desenvolvimento dos negócios de cidades globais como São Paulo, por exemplo. Mas há um aspecto estratégico a que as empresas devem se atentar no cenário atual, que contribui diretamente para o aperfeiçoamento do trabalho oferecido aos clientes: é o chamado marketing de serviços.

Num momento em que esse segmento domina gradativamente a atual dinâmica da economia, uma necessidade emergente é traçar estratégias que sustentem a intangibilidade da prestação de serviços. Ou seja, uma vez que eles não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou tocados antes de serem comprados, está nesse ponto a necessidade e o desafio das companhias em desenvolverem ações que considerem essas particularidades e que reduzam a incerteza dos consumidores em relação à qualidade dos serviços.
O ponto crucial do marketing e prestação de serviços de uma empresa integra um item básico: serviços são executados por pessoas. O marketing não pode ser considerado apenas um departamento dentro de uma empresa, mas sim, a empresa como um todo, pois todos os colaboradores de uma companhia, direta ou indiretamente, são responsáveis pelo marketing.  
É inquestionável que para demonstrar a qualidade dos seus serviços, a empresa necessita ter estrutura física, apresentação, equipamentos e aparência impecáveis. Mas o papel desempenhado pelos funcionários é fundamental. O contato pessoal é a base da prestação de serviços e uma equipe capacitada que trata o cliente com exclusividade e realiza sua função com propriedade é a garantia de sucesso do negócio. Por essa razão, para uma boa imagem empresarial e conquistar a satisfação do cliente, é ideal que os funcionários apresentem competência, interesse, capacidade de resposta, iniciativa, habilidade de solucionar problemas e boa vontade.
Ações diferenciadas podem garantir o equilíbrio entre oferta e demanda em períodos críticos em que essa relação não está ocorrendo. Outra tendência que confirma essa necessidade e se consolida cada vez mais, é de que o marketing de serviços baseia-se em pesquisas. É necessário que as empresas busquem a informação por meio de estudos especializados, realizem o monitoramento da concorrência, além de identificarem onde estão os pontos fracos da companhia em relação ao atendimento ao cliente e os pontos fortes que estão consolidados, mas precisam de aperfeiçoamento constante.
Estruturar normas fundamentais para atender às necessidades do cliente, é algo importante como conhecer todo o processo da prestação de serviços. Identificar as etapas que o compõe e classificá-lo de acordo com sua categoria, traz à tona suas principais características e permite avaliar o que o consumidor espera do profissional de serviços.
Com isso, é possível transformar as expectativas das pessoas em trabalho realizado. Serviço não é apenas preço. O preço é importante sim, mas o consumidor opta por um produto ou serviço movido e envolvido por valores integrados, emocionais.
Em tempos de web 2.0, o marketing de serviços ganha um importante aliado para alavancar a consolidação das ações estratégicas: são as redes sociais, além do próprio Google. Se bem utilizadas, tratam-se de fortes ferramentas que legitimam o conceito e políticas adotadas pelas empresas bem como o relacionamento com consumidores potenciais.
*Gauthama Nassif é Gerente de Marketing e Comunicação do Grupo Brasanitas

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mais pragmatismo e menos discurso na América Latina

Carlos Stempniewski*


As expectativas para a América Latina e o Caribe são positivas em 2011, depois de um crescimento médio, segundo o Banco Mundial (BID), de 5,7% em 2010. No entanto, causa preocupação o discurso populista e pouco responsável de alguns líderes regionais e o ambiente jurídico pouco estável de alguns países. Isto afasta investidores e dificulta a solução de problemas, como a pobreza de parcelas significativas da população. As soluções exigem bons planos de governo para a gestão dos insuficientes recursos. A experiência do Bolsa Família no Brasil, com algumas correções, pode servir de subsídio.

O Brasil, maior economia da região, tem novo governo, com maior discrição nos seus atos, menos proselitismo político e maior preocupação com a capacidade de geração de caixa do país. A inflação em 2010 foi a maior em seis anos, chegando 5,9%. Em 2011, deverá permanecer em 5%. O PIB chegou a 7,5% e a taxa de desemprego, a 6%. Em 2011, o PIB deverá ser de 4,5% e o desemprego deverá crescer. O real está muito valorizado, o que estimula a importação e compromete o equilíbrio da balança de pagamentos. O governo luta para conter os gastos públicos. Existe a necessidade de se investir na Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada de 2016, sem descuidar das obras emergenciais de portos, aeroportos, estradas e as suscitadas pelas grandes chuvas.

Nesse contexto, dificilmente o novo governo vai dispor de recursos da Petrobras, BNDES, Fundos Estatais de Pensão e ELETROBRAS para atender aos reclamos de empreiteiras e países vizinhos por aportes financeiros. Os títulos da dívida do Brasil continuam pagando os maiores juros do mercado. Ao final de 2011, deverão chegar próximos a 12,50% ao ano, consumindo recursos necessários para a saúde, educação e infraestrutura. Esse é o cenário.

O PIB da Argentina, em 2010, foi de 8,4%, resultado que esconde problemas estruturais de governabilidade. Há elevado e contínuo aumento da inflação. A consultoria Ecolatina estima a inflação real anual média, entre 2005 e 2009, em 17,8%, batendo em 14% em 2010. Para 2011 estima-se 18,5%. Isto agrava seus problemas com a banca internacional. Depois de um calote histórico, somente agora conseguiu renovar seu contrato com o FMI. O governo vem se apoiando nas reservas dos fundos de pensão estatizados, enquanto enfrenta feroz oposição no campo o que tem trazido queda sistemática da participação do setor nas exportações. Para 2011, o país encontra-se sem um orçamento aprovado, o que levará a presidente a governar por decretos. Com esses problemas se acumulando, em outubro de 2011 haverá eleição presidencial. Queda nos investimentos, inflação, desequilíbrio no câmbio, desemprego, problemas crônicos nas áreas de energia e comunicações e miséria parecem compor o cenário argentino para 2011. O livre (?) comércio com o Brasil sempre estará na pauta (desde, é claro, que os hermanos possam sobretaxar nossos produtos...). Já são mais de 250.

No campeonato mundial da inflação o segundo lugar pertence à Venezuela do polêmico Hugo Chávez. O câmbio fixo de 2,15 bolivares desde 2005 foi para 4,3 bolivares por dólar em janeiro. Com isso, analistas preveem aumento da inflação para 30% em 2011. O Peru apresenta crescimento sustentável há oito anos. Em 2010, segundo o FMI, obteve a maior taxa de expansão na América Latina (8,3%). Nos últimos anos, assinou tratados de livre comércio com EUA, China, União Européia, Japão e Coréia do Sul. Isto facilita a importação de insumos sem onerar demasiadamente os produtos finais. Sua inflação em 2009 foi de 2,9% e em 2010 reduziu-se para 1,7%. As commodities também fazem o contraponto em sua economia.

O México e os EUA têm suas economias bastante interligadas por conta do NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte). A economia norte-americana na UTI tem forte impacto negativo em seu aliado comercial. A crise tem sido agravada por questões ligadas à imigração ilegal e aos cartéis da droga. A gripe H1N1 também deixou sua marca. A economia formal resiste bem e tem na indústria automobilística seu referencial maior. A taxa inflacionária em 2010 ficou em 4,2%%.

O Chile sempre foi um exemplo de crescimento e, mais recentemente, de uma sociedade democrática. Sua inflação nos dois últimos anos estabilizou no patamar de 1,7%. Sem sustos na área política, consolidou as finanças públicas, cuidou da saúde da população e equacionou a questão previdenciária, a partir da qual criou um dos maiores colchões de financiamento do seu crescimento. A brilhante trajetória foi interrompida pelo terremoto de fevereiro de 2010, que reduziu em 30% o crescimento país. Este ano será de continuidade da reconstrução.

O Paraguai, graças à agricultura e ao ativo comércio com o nosso país, cresceu 9,7%. Ganhos adicionais com a venda de energia para o Brasil tem ajudado sobremaneira. Porém, as questões sociais, o contrabando, o narcotráfico e problemas fundiários ligados aos brasiguaios permitem antever sérios enfrentamentos a qualquer momento.  O Uruguai cresceu 9% em 2010. Sua baixa densidade populacional, abertura para operação de “off-shore”, uma indústria turística bem estabelecida e uma atividade rural intensa garantem o bom momento de sua economia.

Segundo o BID, 31,9% da população na área da América Latina e Caribe viviam abaixo da linha de pobreza em 2010. Este percentual reduziu-se em 1,2% em relação a 2009, mas 180 milhões de cidadãos na região ainda vivem em situação de extrema penúria. O homem mais sábio, poderoso e rico que já existiu foi Salomão. Quando estava para assumir suas funções como governante máximo do povo judeu, entrou em concerto com Deus e lhe pediu apenas uma coisa, sabedoria. Deus tocado pelo seu gesto e humildade cobriu-lhe e ao seu povo de riquezas materiais e espirituais. Parece que na América Latina nossos governantes dispensaram essa ajuda. Devem sentir-se superiores a tudo e a todos nos quesitos da governabilidade.

*Carlos Stempniewski, mestre pela FGV, administrador, consultor e professor de economia e política das Faculdades Integradas Rio Branco. 

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rede social de empresas promove o networking corporativo com encontros presenciais

Café com Negócios objetiva reproduzir no mundo “real” as ferramentas disponíveis na Empreendemia 

Encontros de networking, troca de experiências e reuniões para buscar soluções em conjunto são ótimas maneiras de se posicionar no mercado e buscar novas oportunidades. Foi pensando nisso que a Empreendemia, rede social de empresas, criou o Café com Negócios, um encontro mensal de empresas para troca de experiências e cartões.

“Não se trata de um encontro em que o empresário vai para vender o seu peixe, mas sim conhecer outras companhias e participar das discussões. Novos negócios são consequência destes encontros”, afirma Mauro Ribeiro, sócio da Empreendemia.

O sistema é bem simples. A Empreendemia ajuda a organizar o encontro e participa apenas da primeira edição. Depois uma empresa é eleita coordenadora e passa a tocar as edições seguintes do Café com Negócios. “Oferecemos o suporte e a oportunidade de realizar este trabalho, com a nossa consultoria. Desta forma, trazemos a Empreendemia para o mundo físico”, completa Ribeiro.

Até o momento, existem edições do Café com Negócios em Curitiba e Belo Horizonte. Nesta última, os encontros são transmitidos via internet e já com patrocínio para o coffee break. Hugo Magalhães Nogueira, proprietário da Verticis, empresa de comunicação web que coordena o Café com Negócios na cidade, diz que já foram feitos negócios entre os participantes.

“Foram feitos serviços free-lancers, parcerias e muitas trocas de cartões. Os participantes criam não só uma rede de contatos relacionada a serviços, mas também uma grande rede de amigos empresários, empreendedores e prestadores de serviços”, diz. “O evento tem trazido resultados excelentes para todos que participam”.

Na capital paranaense, participam entre 15 e 20 empresas a cada encontro, que é coordenado pela Flow Comunicação. Edelayne Machado, proprietária da empresa, afirma que a integração é o principal benefício do encontro. “Aumentamos a rede de contatos e aceleramos negócios em um ambiente gerador de altos graus de confiabilidade e credibilidade”, afirma. “Em comum, as empresas têm em grande desejo de empreender e inovar constantemente”.

Atualmente, a Empreendemia está investindo na expansão do Café com Negócios, e novas cidades deverão ter em breve seus próprios grupos, como Porto Alegre, Campinas (SP), Rio de Janeiro e São Paulo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O futuro das embalagens de papel no Brasil

No Brasil, as ofertas de papel, papelcartão e papelão são suficientes para o mercado interno e também para exportação


*Fábio Mestriner

Materiais tradicionais, milenares ou centenários como o vidro, o aço e o papel tendem a ceder parte de seu espaço aos novos materiais e tecnologias que vão surgindo. É um processo natural dentro da dinâmica evolutiva da indústria de embalagens, aonde diversos materiais vão surgindo e ocupando posições, alternando-se no envase das várias categorias de produtos.

Dentro deste contexto, verificamos que, somadas, as embalagens de papel, papelcartão e papelão ainda detêm uma grande participação na totalidade das embalagens produzidas no país. Isto acontece por uma série de fatores, a começar pela oferta desta matéria prima em qualidade e quantidade suficiente, pois o Brasil é um dos grandes exportadores mundiais de papel, graças ao modo de produção adotado no país, a partir de florestas 100% cultivadas. Além de todas as florestas nacionais dedicadas à produção de papel serem plantadas, elas têm certificação internacional, o que garante um manejo florestal da melhor qualidade.

Isso é fundamental para manter pujante a indústria gráfica que temos espalhada por todo o país, o que garante fácil acesso das empresas a este tipo de embalagem. A presença da indústria gráfica e o conhecimento, acumulado por elas, das tecnologias de produção de embalagens de papelcartão fazem com que as pequenas e médias empresas se beneficiem desta tecnologia e da facilidade de acesso à sua utilização, que não exige investimentos em moldes caros, permite pequenas tiragens e envase simplificado.

A qualidade da impressão é um ponto forte das embalagens de papelcartão, pois, além da qualidade das cores e imagens, a impressão pode ser combinada com vernizes, relevos e outros recursos gráficos que resultam em embalagens bonitas e expressivas.

Estes fatores garantem a participação atual destas embalagens, mas o que vai garantir seu futuro são o design e a composição com outros materiais. A aplicação intensiva do design vai abrindo para as embalagens de papelcartão novas perspectivas, formatos diferenciados, exclusivos e inovadores, criando soluções eficientes na competição de mercado. A combinação das formas diferenciadas com a alta qualidade de impressão resulta em embalagens mais competitivas.

Uma nova abordagem de projeto apresentada recentemente ampliou ainda mais este caminho. Até agora, os novos desenhos dependiam muito dos equipamentos de acabamento mecanizado e dos equipamentos de envase, o que acabava restringindo as soluções apresentadas ao que estes equipamentos eram capazes de fazer. Nesta nova abordagem, o projeto é feito a partir do objetivo que se deseja obter.

Primeiro, vai-se ao mercado e ao consumidor para descobrir suas expectativas e desejos relativos à embalagem. A partir disso, é criada a embalagem que vai atender as exigências do consumidor e, só depois, é desenvolvido o equipamento para produzi-la e para operá-la na linha de produção. Uma empresa suíça apresentou esta proposta: desenvolver equipamentos para produzir a embalagem que o mercado quer, e não mais produzir as embalagens que o equipamento consegue fazer.

Novos conceitos como este nos fazem perceber que a embalagem de papelcartão tem ainda muito que oferecer, pois a combinação de suas características e vantagens competitivas, associadas ao novo design, garante a ela um lugar de destaque no futuro dos produtos de consumo.

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* Fábio Mestriner é professor-coordenador do Núcleo de Estudos da Embalagem da ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing; professor do Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem da Escola de Engenharia Mauá; coordenador do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem; autor dos livros: “Design de Embalagem – Curso Avançado” e “Gestão Estratégica de Embalagem”.